23 de mar. de 2011

Ladrões aterrorizam família no bairro Ratones em Florianópolis

Assaltantes armados rendem caseiro, mulher e filhos, mas não levam o que queriam

Edu Cavalcanti/ND

Quatro jovens armados de revólveres invadiram a casa de campo de um bancário e agrediram a família do caseiro Antônio de Lázaro, 52 anos. O assalto ocorreu por volta das 5h da madrugada desta quinta-feira, na rua Bento Manoel Ferreira, 850, na localidade do Canto do Moreira, em Ratones, Norte da Ilha. No momento do assalto, o proprietário da casa estava ausente. Ele mora no Centro da Capital.

Vizinhos contaram que os assaltantes ficaram mais de uma hora na casa à procura de uma quantia que o caseiro havia reservado para comprar um terreno na comunidade. Como não encontraram, levaram R$ 400, dois notebooks, dois celulares, dois aparelhos de televisão e um videogame.

Durante o período em que ficaram na casa, os bandidos amarraram o caseiro, a mulher dele, os dois filhos pequenos e os trancaram no banheiro. A família conseguiu se desvencilhar das amarras por volta das 6h30, quando o caseiro foi na casa de um vizinho e usou o telefone para chamar a polícia.

A vizinha, Nivalda Eulália Theiss, 60 anos, contou que tem o hábito de acordar cedo para ler a Bíblia. Ontem, ela desconfiou que os cachorros latiam muito, apenas de um lado do portão, em direção à casa do caseiro. “Olhei pela janela e vi o seu Antônio com tiras de um saco plástico no pulso, caminhanhado em direção à casa de outro vizinho”, contou a aposentada, ainda abalada, na manhã de ontem.

O zelador orientou os filhos a não deixarem a imprensa entrar, nem falarem sobre o assalto. No entanto, um morador próximo contou que um dos ladrões chamou o comparsa de Maicon. O assaltante retrucou e teria mandado o companheiro ficar quieto.

Localidade bucólica
Ratones é uma dos distritos mais bucólicas do Norte da Ilha. Localizada no caminho para as praias do Norte, a comunidade tradicionalmente agrícola nos últimos dez anos se transformou em refúgio de famílias que trocaram a insegurança da cidade pelo sossego do interior da Ilha. O Canto do Moreira é o início da trilha que leva à Costa da Lagoa.

Segundo moradores da rua Bento Manoel Ferreira, que conhecem bem o caseiro, Lázaro veio para Florianópolis, após vender tudo o que tinha no Paraná, para tentar refazer a vida. Ele teria comprado uma propriedade em Ratones e, meses depois, a revendeu para o bancário, que lhe ofereceu emprego de caseiro. Além de cuidar de uma casa de dois pavimentos, Lázaro também presta serviços para um casal que tem casa na localidade.

A polícia acredita que o assalto na casa foi premeditado com o único objetivo de roubar o dinheiro que Lázaro havia guardado para comprar uma propriedade. Há suspeitas, também que os envolvidos sejam dos morros do 26, em Ratones mesmo, e do Horácio, na Agronômica.

O Fox ASE-4025 (Francisco Beltrão/PR), levado pelos suspeitos, ainda não foi localizado pela polícia. A investigação sobre o assalto está sendo conduzida pela 7ª DP de Canasvieiras. Por enquanto não há pistas da quadrilha.

http://www.ndonline.com.br/florianopolis/noticias/ladroes-aterrorizam-familia-no-bairro-ratones-em-florianopolis.html
 

Sossego ficou na lembrança dos moradores de Ratones, em Florianópolis

Criminalidde no bairro não é novidde para quem vive na região
Alessandra Toniazzo

alessandra.toniazzo@horasc.com.br

O sossego foi embora do Bairro Ratones, no Norte da Ilha. Se antes era possível dormir com a janela aberta, hoje, ninguém fica sem trancas nas portas ou se arrisca a circular pelas ruas, depois que o sol se põe. Nas rodas de amigos, o assunto mudou: o assalto no mercado de um, ou o arrombamento na casa do outro.

No último dia 10, bandidos violentos entraram em um sítio, renderam a família do caseiro e levaram um carro. Até agora, nenhum suspeito do caso foi preso.
Cenas como esta, de acordo com quem mora no local, tornaram-se frequentes nos últimos dois anos.
Ao serem perguntados sobre a famosa tranquilidade dos Ratones, os moradores franzem a testa e negam, balançando a cabeça.

Medo como companhia
Por causa do medo, os habitantes da região preferem não falar sobre os crimes. Quem conta o que vê, não se identifica.

– Tráfico de drogas, ameaças com armas de fogo, isso é diário aqui. Ninguém dorme tranquilo. Chego do trabalho de madrugada e rezo antes de entrar no bairro. Vim para cá há sete anos querendo paz e hoje só penso em ir embora – desabafou um morador.

Morro do 26
Ao se aproximar do portão de casa (com dois cadeados), um morador olha para os dois lados, na tentativa de prevenir um assalto.
– Arrombaram minha casa seis vezes em um ano. Já levaram até galinhas. Tenho 60 anos e nunca imaginei que viveria preso em casa – lamentou.

A família, que vive do mercado, já sofreu quatro arrombamentos. Segundo o proprietário, Ratones mudou depois que famílias vindas de outras regiões e de estados vizinhos se alojaram em áreas de preservação. Mas o que assombra os moradores são os traficantes que se escondem ali.

Assaltam pra comprar droga
– Eles são foragidos e montaram o ponto de tráfico aqui. O consumo é grande e quem não tem dinheiro acaba assaltando para comprar droga. Chamamos de Morro do 26 o lugar onde eles moram, como se fosse a continuação do Morro do 25.

Posto da polícia vazio
Uma base de apoio da Polícia Militar foi construída em 2008, mas nunca foi aberta. De acordo com o presidente da associação dos moradores do bairro, Flávio De Nori, 49 anos, a sede foi montada pela comunidade, mas nunca funcionou:
– As viaturas aparecem durante o dia, mas não é sempre. A PM tem uma viatura para cuidar de todo o Norte da Ilha, que tem 110 mil pessoas. É uma vergonha.
Uma das alternativas para inibir os crimes na região seria, segundo Flávio, controlar a ocupação ilegal no bairro. O presidente da associação conta que a Secretaria de Habitação se comprometeu em estudar a situação, mas nada foi feito.

O que diz a PM

Palavras do tenente-coronel Dinog Antônio Corte Júnior: "Temos uma viatura que faz a ronda diariamente no local e atende a outras comunidades. Não estou sabendo sobre a situação do tráfico na rua durante a noite. Comentam sobre o nome dado pelos moradores à comunidade e acredito que seja apenas para fortalecer a criminalidade. É um local carente, onde estamos acompanhando a situação do tráfico. Vamos fazer novas rondas e operações na área, de acordo com os horários de risco citados pela população".



http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/horadesantacatarina/19,792,3248051,Sossego-ficou-na-lembranca-dos-moradores-de-Ratones-em-Florianopolis.html

21 de mar. de 2011

Carta ao Flavio De Mori e demais diretores da AMORA‏

Após nosso casual contato pessoal no dia de hoje (dia 19/03/2011), quero manifestar formalmente, em meu nome e em nome da nova Diretoria do Conselho Comunitário Pontal do Jurerê - CCPontal (que assumirá em 31/03/2011), o desejo do estabelecimento de uma relação profunda entre nós e as associações de moradores para as quais trabalhamos.

Devemos unir esforços para o enfrentamento conjunto de desafios comuns.
Especificamente, num primeiro momento, percebo que podemos compartilhar uma pauta quanto aos seguintes assuntos:
a) estabelecimento de uma maior integração entre as comunidades que vivem em torno do Rio Ratones e afluentes;
b) preservação da ESEC Carijós, de todo o seu ecossistema, inclusive da restinga;
c) estabelecimento de uma melhor relação da população com a natureza, principalmente, fomentando iniciativas de educação ambiental;
e) melhoria severa das condições de saneamento básico, criação de redes de esgotos, estações de tratamento e de um sistema que não se destine ao lançamento de efluentes no manguezal (nem na Baía Norte);
f) restabelecimento do Plano Diretor Participativo, consciente que a ocupação do solo na Ilha de Santa Catarina deve respeitar parâmetros ambientais mínimos (ao invés da especulação imobiliária), ensejando, inclusive, defesos enquanto não existam condições de infra-estrutura para novos empreendimentos;
g) preservação da pesca artesanal sustentável e da maricultura como formas de expressão da cultura local;
h) defesa intransigente das baías, da balneariabilidade de suas praias, do uso racional e democraticamente deliberado de suas águas;
i) contrariedade ao loteamento da costa catarinense para a primazia do lazer náutico (ocupação das baías para fins exclusivamente elitistas), que destrói a perspectiva a médio e longo prazos de melhoria do atual cenário de crescente poluição;
j) trocas de estratégias para o combate do "caramujo africano"; e
k) cobrança de uma política urgente de segurança pública que interrompa o quadro de crescimento severo da violência patrimonial.

Sabedor de sua extensa história de lutas por nossa região, bem como de sua associação (AMORA), aproveito o ensejo para solicitar o conhecimento de projetos que possam já ter sido iniciados ou que estão prestes a ser apresentados ao Poder Público.

Também informo os contatos de nossos futuros diretores:
Adriane Gunha - futura Presidente
João Manoel do Nascimento - futuro Vice-Presidente
Eduardo Bastos Moreira Lima - futuro Diretor de Meio Ambiente

Tão logo, a nova diretoria do CCPontal tome posse, devemos agendar uma reunião.

Atenciosamente
João Manoel do Nascimento

18 de mar. de 2011

Moradores Exigem Pavimentação Já !

Os moradores de Ratones vão exigir que a Prefeitura de Florianópolis elabore um projeto global de pavimentação das estradas municipais Bento Manoel Ferreira (Canto do Moreira) e João Januário da Silva (Cachoeira), podendo executá-lo em duas etapas. Em 2012 deve ser pavimentado um trecho de aproximadamente 600 metros da estrada Manoel Leôncio de Souza Brito, ligação entre Ratones e Vargem Pequena.
A posição foi votada ontem (17.3) durante assembléia geral organizada pela Associação dos Moradores de Ratones (Amora), com a participação de quase 200 pessoas. A outra proposta previa a pavimentação simultânea das estradas do Canto do Moreira e Cachoeira ou nada. “Os moradores estão desconfiados por causa das tantas promessas que não foram cumpridas”, explica Flávio De Mori, presidente da Amora.
A Secretaria Municipal de Obras estava representada pelo vereador Edinon Manoel da Rosa (Dinho) e a intendente distrital Dorci Linhares, que apresentaram a proposta oficial. Ela previa o início imediato da pavimentação de uma das estradas, a do Canto do Moreira ou da Cachoeira, cabendo aos moradores decidir qual das duas teria prioridade. Na etapa seguinte seria pavimentada a segunda estrada (2012), enquanto o acesso à Vargem Pequena seria deixado pela atual administração no orçamento de 2013 para ser executado pelo próximo prefeito.
Muitos oradores viram na proposta uma tentativa de dividir as duas comunidades, inviabilizando a reivindicada pavimentação dos corredores de ônibus do distrito de Ratones. Por esse motivo a assembléia decidiu devolver para a Prefeitura a responsabilidade pela decisão de pavimentar primeiro uma e depois a outra. “Mas que isso seja feito na seqüência, como se fosse uma mesma obra”, salienta De Mori, insatisfeito com as sucessivas mudanças de posição da Prefeitura em relação ao caso.
O documento oficial a ser entregue ao Poder Público e outras informações sobre o andamento da mobilização, vão ser disponibilizados no blog da Amora. A entidade vai elaborar um boletim para distribuição aos moradores.

Ponte
A reconstrução da ponte sobre o rio Ratones, destruída pelas chuvas de fevereiro último, pode se estender por muitos meses. Segundo informação da intendente Dorci Linhares durante a assembléia, o processo de licitação deve estar concluído em 50 dias.
Enquanto isso, ignorando os perigos, muitos ciclistas e motoqueiros arriscam a passagem sobre a ponte. Os veículos maiores são obrigados a fazer um desvio pela estrada João Januário da Silva, na localidade de Cachoeira, sem pavimentação. Além de danos aos veículos e ampliação no tempo de trajeto, inclusive dos coletivos, o aumento da poeira atormenta os moradores.

Matéria publicada por Celso Martins no Daqui na Rede

para ver matéria com fotos, acesse o link:

http://www.daquinarede.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=115:ratones-exige-pavimentacao-imediata&catid=48:capa&Itemid=75

Repercusão da Audiência na Secretaria da Saúde

Na reunião realizada ontem na comunidade para tratar da pavimentação dos corredores de ônibus o Vereador Dinho, comunicou que esteve com o Secretário da Saúde que promoteu resolver o problema da falta de médico do Posto de Saúde em 15 dias. Segundo Dinho, a Secretaria está contratando 5 médicos esta semana e um deles será lotado em Ratones.
Além do Médico está faltando um assistente adminstrativo e um técnico de enfermagem e não existem agente de saúde na região do canto do moreira a mais de 6 anos.

17 de mar. de 2011

Reunião com Secretaria de Saúde - 17 de março de 2011

Nesta quinta a Associação de Moradores de Ratones, juntamente com as agentes comunitárias foram recebidas para uma audiência  na Secretaria da Saúde onde foram colocados as deficiências da Unidade Local de Saúde quanto a recursos humanos e infraestrutura. Foram colocados os problemas que temos com a falta de um médico, falta de assistente administrativo e mais um técnico de enfermagem para completar a equipe. Além destes profissionais, foi levantado a necessidade de alocar uma agente de saúde na área do canto do moreira que está descoberta à mais de 6 anos.  Foi também solicitado providências quanto ao muro e o fechamento da unidade que por vezes, a noite é utilizada de forma indevida.
Estamos aguardando as providências que a Secretaria da Saúde irá tomar. 

Reunião Comunitária - Pavimentação dos corredores de ônibus em Ratones